Dentre os trabalhos que fiz para a Secretaria de Turismo de Rio Grande meu preferido até então tem sido ilustrar os muros da Praça Tamandaré, local onde muitas pessoas que nasceram ou cresceram em Rio Grande tem algum tipo de memória afetiva. O projeto consiste em ilustrar as 46 vigas dos muros com crianças, abraçando a diversidade étnica e cultural. São representações de crianças negras, indígenas, brancas, muçulmanas, autistas, cegas, surdas, com necessidades especiais, etc. Para não cair em estereótipos que alimentam preconceitos, fazemos muitas pesquisas em virtude de fazer jus as representações gráficas nos muros. Nessa jornada conto com a companhia de colegas de trabalho como Gabryel Muniz ilustrando junto comigo as crianças, e Paulinho Jamaica pintando os quase 500 lápis que se estendem pelos muros do espaço infantil da praça.
Todos os dias foram muitas trocas de ideias com as inúmeras pessoas que passam pelo local, além de crianças acompanhadas com os pais que fazem questão por tirarem fotos no local e contemplar a arte fornecendo mais energia para o local. O trabalho do muralismo com foco nas crianças é uma forma mágica de trazer vida aos espaços urbanos. Essas obras de arte não apenas encantam os pequenos, mas também revitalizam comunidades e áreas urbanas de forma incrível. Os murais infantis criam um ambiente colorido e lúdico que estimula a imaginação das crianças, inspirando histórias e aventuras.
Rascunho dos desenhos que viriam a ser feitos nos muros, vários passaram por alterações e alguns foram descartados.
Aqui, os desenhos já nos muros e com acabamento de spray verniz para proteger.
Eles transformam paredes monótonas em galerias a céu aberto, proporcionando um senso de pertencimento e comunidade. Além disso, essas obras de arte trazem um elemento de magia e criatividade para a vida cotidiana, tornando as áreas urbanas mais agradáveis e inspiradoras para pessoas de todas as idades. Elas injetam energia positiva e promovem o orgulho local. Assim, o muralismo infantil não só encanta os olhos, mas também reaviva os espaços urbanos, criando um ambiente onde a arte se torna um agente transformador, capaz de unir comunidades e melhorar a qualidade de vida de todos que interagem com ela.
